domingo, outubro 09, 2011

da sinceridade vazia.

o relógio marca oito horas e onze minutos da manhã. acordei antes que despertasse, de novo. um lindo domingo acordou assim hoje, irradiante, o sol começava a esquentar o clima da cidade. parecia até querer me contagiar.
abri uma fresta na janela e voltei a me deitar. me perguntei: "porque levantar de novo? porque me levantar todos os dias?" talvez eu até tivesse mesmo o direito de me dar ao luxo e voltar a dormir depois de um vago silêncio sem resposta. e não foi bem assim.
a dúvida que não me calava se deve ao fato de que não há porque viver. me pergunto o que minha grande avó diria nessas horas, uma das pessoas que mais admiro. ela viveu todos os dias como se não houvesse amanhã. quem dera eu ter toda aquela força.
e o sol ali, tentava me convidar a ser feliz. e eu tonta, desacreditei. virei as costas e dormi. cansei de pensar.

dilema.

acho que um dos meus maiores dilemas é esse meu incansável vício para escrever. é uma necessidade, quase que parte de mim, que insiste em que meus pensamentos sejam sempre poéticos para assim relatá-los mais tarde. talvez algum dia eu realmente consiga me livrar disso. ou talvez seja bom pra mim. não sei. me perco tanto nessas voltas, e idas e vindas sem rastros. acho que de repente eu poderia cortar este meu mal pela raíz. que assim o seja. ou alguém o faça por mim. já não sei se me resta coragem. coragem. está aí uma palavra que me esqueci completamente o que é. não sei como perdi, não sei se foi melhor. quem sabe eu estaria melhor hoje.

sábado, outubro 08, 2011

por mim mesma.

eu poderia dizer aqui tantas coisas que venho pensando ultimamente, elaborando e construindo frases intermináveis, parece até que entre tantas idéias é até difícil encontrar um ponto final.
quando escrevo é tão simples ditá-lo. é um mundo indiscutivelmente maravilhoso. e se tu conseguisses navegar dentro desse mar que flutua e sem fim. imagino-o como um lugar azul cobalto, mas sendo puxado para tons mais negros, obscuros. em dias assim até gosto de apreciar um dia lindo a céu aberto. respirar as nuvens que se dispersam e que de repente se juntam e fazem chover. não há. ora pois, não lhe disse a tu? a vida se esvai a cada segundo que se passa. e nem parece. ou eu que não quero sentir.
uma vinda inteira se esvaiu de minh'alma para dar lugar a algo mais belo. e daí se me tornei algo singular? pois lhe tenho a certeza de que no fundo não estou só. e nem é tão ruim assim. consigo até sorrir.