terça-feira, março 30, 2010

diálogo macabéico.

se eu pudesse me jogar, eu me jogava. ah se me jogava. e ia com tudo! com todas as minhas forças e memórias sem importância que sempre carreguei. eu sei que ninguém me entende. e é por isso que sempre volto a escrever.
de repente eu me senti assim. como um copo d'água, nem meio cheio e nem meio vazio. neutro. ali. transparente, incolor, inodoro: não fede e nem cheira. como um quadro que eu pintei um dia. era todo azul. assim sabe, sem importância mesmo. não pendurei na parede e nem em qualquer outro lugar. deixei ali no canto. porque sim. porque eu não sabia o que fazer.
pois é. me sinto como a Macabéa nos momentos em que ela não sabia o que dizer.