quinta-feira, novembro 03, 2011

sobre laços.

de tantos nós que já dei me dei conta somente agora quando olho para trás e esse mundo cheio de nós. andei andei e andei, até que percebi. desatei todos eles. mas deixei somente um. e é esse um que eu sei que vai prender (talvez nem tudo) o que eu quero e na hora em que eu precisar. esse um é o que há de me levar a desatar tantos muitos nós.

domingo, outubro 09, 2011

da sinceridade vazia.

o relógio marca oito horas e onze minutos da manhã. acordei antes que despertasse, de novo. um lindo domingo acordou assim hoje, irradiante, o sol começava a esquentar o clima da cidade. parecia até querer me contagiar.
abri uma fresta na janela e voltei a me deitar. me perguntei: "porque levantar de novo? porque me levantar todos os dias?" talvez eu até tivesse mesmo o direito de me dar ao luxo e voltar a dormir depois de um vago silêncio sem resposta. e não foi bem assim.
a dúvida que não me calava se deve ao fato de que não há porque viver. me pergunto o que minha grande avó diria nessas horas, uma das pessoas que mais admiro. ela viveu todos os dias como se não houvesse amanhã. quem dera eu ter toda aquela força.
e o sol ali, tentava me convidar a ser feliz. e eu tonta, desacreditei. virei as costas e dormi. cansei de pensar.

dilema.

acho que um dos meus maiores dilemas é esse meu incansável vício para escrever. é uma necessidade, quase que parte de mim, que insiste em que meus pensamentos sejam sempre poéticos para assim relatá-los mais tarde. talvez algum dia eu realmente consiga me livrar disso. ou talvez seja bom pra mim. não sei. me perco tanto nessas voltas, e idas e vindas sem rastros. acho que de repente eu poderia cortar este meu mal pela raíz. que assim o seja. ou alguém o faça por mim. já não sei se me resta coragem. coragem. está aí uma palavra que me esqueci completamente o que é. não sei como perdi, não sei se foi melhor. quem sabe eu estaria melhor hoje.

sábado, outubro 08, 2011

por mim mesma.

eu poderia dizer aqui tantas coisas que venho pensando ultimamente, elaborando e construindo frases intermináveis, parece até que entre tantas idéias é até difícil encontrar um ponto final.
quando escrevo é tão simples ditá-lo. é um mundo indiscutivelmente maravilhoso. e se tu conseguisses navegar dentro desse mar que flutua e sem fim. imagino-o como um lugar azul cobalto, mas sendo puxado para tons mais negros, obscuros. em dias assim até gosto de apreciar um dia lindo a céu aberto. respirar as nuvens que se dispersam e que de repente se juntam e fazem chover. não há. ora pois, não lhe disse a tu? a vida se esvai a cada segundo que se passa. e nem parece. ou eu que não quero sentir.
uma vinda inteira se esvaiu de minh'alma para dar lugar a algo mais belo. e daí se me tornei algo singular? pois lhe tenho a certeza de que no fundo não estou só. e nem é tão ruim assim. consigo até sorrir.

quarta-feira, agosto 17, 2011

mudar e o ato de.

alguém algum dia comentou para um terceiro individuo: 'porque mudar exige muito esforço. e como convencer as pessoas a saírem do conforto em que se encontram? é muito difícil.'
e não é que era verdade? tantas vezes eu mesma mal julguei atitudes de alheios que (mesmo vistos de longe, como o agora) ainda continuam errados, me encontro agora aqui. e agora josé?
a festa acabou? a luz se apagou? e agora... é agora!

quinta-feira, julho 21, 2011

sobre a pulga que dá angústia

me incomoda as pessoas terem essa necessidade tão grande de cultivar a perfeita imagem hollywoodiana que embutiram na formação da maturidade.
o que me deixa triste é que as pessoas insistem em crer que se tornar um adulto maduro é ser sério. é não sorrir pra atos bobos. é acreditar no racional e esquecer e abandonar esse lado criativo e que por ora nos preenche o coração sem dizer o porquê. e eu não estou falando de amor. apenas aquilo que pode não existir, se você, é claro, assim o quiser.

sábado, maio 14, 2011

do olhar

tu te perdes ainda em cada minúscia de cada ato realizado. sabes tu que até que gosto? todavia acho que em parte ando distraindo-me também. andamos por aonde? perdi-me completamente. mas acho que já sabes tu.

segunda-feira, abril 25, 2011

divinamente.

novamente lhe salvei de lamúrias que chegam a sussurrar em meus ouvidos. tantas coisas que poupo a mim mesma que esgotar-lo-ei de tudo o que já não lhe disse. volte a mim aqueles dias em que sorrir era a mais pura simplicidade que poderia existir.

quinta-feira, março 03, 2011

normalidade.

porque eu sou uma linha torta. e de vez em quando esses traços retos ao meu redor, parecem se esquivar de minha pessoa, de modo que fazem-me querer ser tão perfeito quanto eles. (in)felizmente há coisas que não conseguimos mudar.

I don't know what to do with myself.

ah se ele soubesse a falta que me faz uma boa conversa antes de dormir. ele não sabe. e não tem idéia do volume de palavras e pontuações que lhe salvo porque não há tempo. porque existem os metros, e os segundos, e os milésimos de segundos. e o infinito. e eu bem sei da existência de todas essas coisas que ainda desconheço. mas acho que ele sabe mais do que eu.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

coisas da vida

em cada expiração, sentia que algo se esvaia de sua alma. e apesar dessa palidez e fraqueza que apresentava, no fundo se sentia mais leve. corria. saltou o mais alto que pôde e se jogou do alto da pedra. seu corpo mergulhava naquela imensidão do azul do céu. curvando as nuvens ao seu redor, como se quisessem abraçar o seu corpo e ao mesmo tempo se mesclava com aquele frescor do mar lhe dando boas vindas. a água beijava o seu rosto para logo envolvê-la por inteira. de braços abertos ela se deixou levar. naquela calmaria permaneceu o silêncio.

domingo, fevereiro 06, 2011

do começo do fim de uma nova era.

como é engraçado que quanto mais se dorme, mais se fica com sono ao longo do dia. pois é, acordei bem assim. pela fresta da janela, cerca de dez a quinze centímetros, a claridade indicava que estava um dia ensolarado no mundo afora. a cortina dançava suavemente, como se estivesse dando boas vindas ao seu sorriso. você podia estar dormindo, mas eu sabia que estava a sorrir porque em sua perfeição reinava a serenidade. cerrei meus olhos para entrar em seus sonhos e desvendar todos os mistérios que se escondiam por baixo dos lençóis que envolviam tua pele.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

sobre conclusões precipitadas.

o tempo anda assim meio instável. odeio esse temperamento em dias de veraneio paulistano. ao acordar está aquele vento fresco e úmido, um céu parcialmente encoberto por nuvens e nenhum sinal de que mais tarde conseguiremos ver os raios solares aquecendo o asfalto somado à diversos de seus reflexos sobre os prédios laminados de espelhos. resultado? calor intenso e tremendamente irritante para você que se enganou e decidiu carregar uma leve blusa em caso da brisa voltar. pois é, e agora josé? agora você não tem mais o que fazer, somente caminhe pela cidade à procura do que você já sabe o que quer e, o mais importante, onde encontrar. agora não resta mais nada do que normalmente ter que aguentar este rosto insuportavelmente escorrido de suor e fadiga. mas pra que se preocupar? você bem sabe que no fim do dia há de encontrar água e sombra fresca. quem sabe até uma praia?

sexta-feira, janeiro 21, 2011

sobre o vento.

hoje acordei e subi o mais alto que pude. corri por todos os degraus acima, pulei todos os obstáculos à minha frente e quando chego aonde pensei que era o meu lugar, percebi que ali havia um vazio. que ali não era nada. parecia que por toda aquela extensão havia se preenchido de uma neblina vasta, que era impossível dizer o seu fim. caminhei, caminhei e caminhei, e ainda assim não consegui distinguir o que era aquele lugar. me parecia um mistério, pensei em voltar, aliás, até tentei, mas falhei: já perdi a passagem por onde entrei. sinceramente ainda não sei o que fazer, parece que em cada canto em que me esbarro eu me perco de novo, e de novo.

sábado, janeiro 15, 2011

de volta pra casa.

você ainda se lembra de como era tão boa aquela sensação de quando éramos jovens e a vida conseguia ser tão turbulenta e ao mesmo tempo ser um mundo cheio de flores? como era gostoso aquela época em que trocar cartas era um passatempo, contando os detalhes do dia a dia, das sensações paixonites e afins... mas o que eu mais gostava mesmo era aquela incerteza de saber o que estaria por vir e acontecer, e foi tão delicioso te conhecer e te despir de todas as facetas que te rodeiam ao conhecer o seu verdadeiro eu interior... e ai foi inevitável não me apaixonar.