quarta-feira, março 31, 2010

preguiçosamente leve.

me leva desse jeito leve como a brisa que carrega as folhas secas. é que hoje eu acordei assim, com essa sensação de paz, de silêncio e um sorriso no canto da boca. é como se em meu interior fosse um lugar vasto, limpo, vazio. só com o vento e a música que ele toca ao roçar cada folha e cada galho das árvores. sentir no rosto aquele calor que pouco resta do sol se pondo, uma sensação de liberdade e, ao mesmo tempo, de se sentir feliz por pertencer à um pedacinho do mundo, da vida. deitar na grama e olhar o céu. ali, limpo, poucas nuvens navegando preguiçosamente, todas sendo coloridas com aqueles poucos raios solares, mesclando o azul com um amarelo bem vivo. algumas aves anunciando a vinda da noite, outras cantando o dia. é lindo.

terça-feira, março 30, 2010

diálogo macabéico.

se eu pudesse me jogar, eu me jogava. ah se me jogava. e ia com tudo! com todas as minhas forças e memórias sem importância que sempre carreguei. eu sei que ninguém me entende. e é por isso que sempre volto a escrever.
de repente eu me senti assim. como um copo d'água, nem meio cheio e nem meio vazio. neutro. ali. transparente, incolor, inodoro: não fede e nem cheira. como um quadro que eu pintei um dia. era todo azul. assim sabe, sem importância mesmo. não pendurei na parede e nem em qualquer outro lugar. deixei ali no canto. porque sim. porque eu não sabia o que fazer.
pois é. me sinto como a Macabéa nos momentos em que ela não sabia o que dizer.