sexta-feira, janeiro 28, 2011

sobre conclusões precipitadas.

o tempo anda assim meio instável. odeio esse temperamento em dias de veraneio paulistano. ao acordar está aquele vento fresco e úmido, um céu parcialmente encoberto por nuvens e nenhum sinal de que mais tarde conseguiremos ver os raios solares aquecendo o asfalto somado à diversos de seus reflexos sobre os prédios laminados de espelhos. resultado? calor intenso e tremendamente irritante para você que se enganou e decidiu carregar uma leve blusa em caso da brisa voltar. pois é, e agora josé? agora você não tem mais o que fazer, somente caminhe pela cidade à procura do que você já sabe o que quer e, o mais importante, onde encontrar. agora não resta mais nada do que normalmente ter que aguentar este rosto insuportavelmente escorrido de suor e fadiga. mas pra que se preocupar? você bem sabe que no fim do dia há de encontrar água e sombra fresca. quem sabe até uma praia?

sexta-feira, janeiro 21, 2011

sobre o vento.

hoje acordei e subi o mais alto que pude. corri por todos os degraus acima, pulei todos os obstáculos à minha frente e quando chego aonde pensei que era o meu lugar, percebi que ali havia um vazio. que ali não era nada. parecia que por toda aquela extensão havia se preenchido de uma neblina vasta, que era impossível dizer o seu fim. caminhei, caminhei e caminhei, e ainda assim não consegui distinguir o que era aquele lugar. me parecia um mistério, pensei em voltar, aliás, até tentei, mas falhei: já perdi a passagem por onde entrei. sinceramente ainda não sei o que fazer, parece que em cada canto em que me esbarro eu me perco de novo, e de novo.

sábado, janeiro 15, 2011

de volta pra casa.

você ainda se lembra de como era tão boa aquela sensação de quando éramos jovens e a vida conseguia ser tão turbulenta e ao mesmo tempo ser um mundo cheio de flores? como era gostoso aquela época em que trocar cartas era um passatempo, contando os detalhes do dia a dia, das sensações paixonites e afins... mas o que eu mais gostava mesmo era aquela incerteza de saber o que estaria por vir e acontecer, e foi tão delicioso te conhecer e te despir de todas as facetas que te rodeiam ao conhecer o seu verdadeiro eu interior... e ai foi inevitável não me apaixonar.